MS Alfabetiza Indígena

O projeto MS Alfabetiza Indígena faz parte de um conjunto de ações da Fundação de Apoio e Desenvolvimento à Educação Básica de Mato Grosso do Sul (FADEB-MS), que tem como um dos objetivos a melhoria da educação básica. Nessa perspectiva, a Fundação fomenta e subsidia ações vinculadas à educação intercultural, respeitando as bases étnicas e a diversidade.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) as línguas dos povos indígenas representam quase 75% de todas que se estima existir, com mais de 5 mil tipos em mais de 70 países em seis continentes. Contudo, calcula-se que mais da metade dessas línguas serão extintas até o final deste século. Preservar esses idiomas é extremamente importante para toda a humanidade, visto que refletem culturas específicas e que, através delas, seus falantes identificam não apenas suas origens ou participação em uma comunidade, mas, também, transmitem valores éticos de seus antepassados. Nesse ínterim, a educação escolar indígena precisa ser inclusiva, especialmente no que se refere à alfabetização e ao letramento em idade e com materiais didáticos adequados, já que a soma de distintos esforços contribui com a diminuição das chances de extinção.

Galeria da Equipe FADEB

Especialmente, a cultura sul-mato-grossense contempla uma multiplicidade cultural e destaca-se por ser berço da terceira maior população indígena do país. Essa diversidade se expressa pela presença das etnias Kaiowá, Guarani (Ñandeva), Terena, Kadiwéu, Guató, Ofaié, Kinikinau e Atikum. Considerando esse contexto, e o Decreto Federal n.º 6.861 de 2009 que ordena a educação escolar indígena na forma de Territórios Etnoeducacionais, os povos no Mato Grosso do Sul estão representados pelo Cone Sul (Guarani e Kaiowá) e Povos do Pantanal (Terena, Kinikinau, Kadiwéu, Atikum, Ofaié e Guató).

Galeria da Equipe FADEB

Diante de todos os pressupostos anteriormente citados, o projeto MS Alfabetiza Indígena veio com o objetivo de realizar a adaptação linguística dos livros didáticos do Projeto MS Alfabetiza, para línguas indígenas, visando o reconhecimento da identidade destes povos. Para isso, a proposta considera a oferta de quatro modalidades de bolsa: a de coordenador(a) geral, que teria, resumidamente, a função de coordenar a execução do projeto sob a perspectiva de, apesar das diferentes línguas, manter coesão entre o material; a de coordenador(a) de etnoterritório, responsável pela análise do material em duas línguas e sua adequação ao currículo de referência; coordenador(a) de língua, responsável pela formatação e correção/revisão do texto, e transcritor de língua,  com a função de fazer a ponte com a língua diretamente junto a educadores(as) alfabetizadores(as).

Imagem com Efeito Zoom
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